O estresse
Medidas antiestresse
As evidências de resposta hipotensora e prolongada às
medidas antiestresse são controversas, porém elas indubitavelmente melhoram a
qualidade de vida.
O sistema nervoso simpático , que faz parte do sistema
nervoso autônomo, aumenta temporária e “naturalmente” a pressão arterial
durante a resposta de “luta ou fuga” (reação física diante da percepção real ou
imaginária de uma ameaça). O aumento da pressão arterial permite a circulação
mais rápida do sangue ao longo do sistema cardiovascular e, concomitantemente,
uma maior disponibilidade de açúcar e oxigênio para o cérebro integrar as
informações sensoriais e de resposta, e para os músculos para que não falte
“energia” para a ação. Quando ativamos o SNS e não ocorre uma resposta física
de consumo de energia pelo exercício muscular, esse estresse “inicialmente
natural” (mecanismo de proteção) continua o seu processo com uma intensa
liberação hormonal podendo causar problemas de saúde.
Esse “estresse
indesejado”, causado pelo estímulo constante desse sistema, leva a produção dos
hormônios adrenalina e noroadrenalina que estimulam o coração e os vasos
sanguíneos levando ao aumento do risco cardiovascular. A ação do SNS aumenta
tanto a freqüência como a força dos batimentos cardíacos. Também produz uma
contração da maioria das arteríolas, mas expande as arteríolas de determinadas
áreas, como na musculatura esquelética, onde é necessária uma maior irrigação
sanguínea. Além disso, o SNS diminui a excreção renal de sal e água, aumentando
assim o volume sanguíneo do corpo, interferindo na pressão arterial .
Estudos têm
demonstrado que exercícios de relaxamento e meditação podem reduzir a tensão e
a ansiedade, aumentar os reflexos de controle motor, elevar a tolerância à dor,
aguçar as percepções, aumentar a consciência e melhorar a concentração. Uma
meta-análise que comparou a intervenção com técnicas de relaxamento assistido
(“biofeedback”) com qualquer terapêutica, o acompanhamento regular ou placebo
para redução da PA mostrou que a intervenção foi mais eficaz na redução da PA
do que as outras intervenções.
A meditação produz padrões de ativação neuronal
específicos que envolvem uma diminuição da estimulação do sistema límbico no
cérebro. Considerando que o sistema límbico contém o hipotálamo, que controla o
sistema nervoso autônomo, uma redução na estimulação do sistema límbico pode
explicar como a meditação reduz a tensão e aumenta a estabilidade do sistema
autônomo ao estresse. Em última instância, a meditação fortalece e aumenta a
habilidade para a luta contra o estresse. continue lendo...